Por Diego Lagedo

Nunca foi pela saúde, nunca foi pelas vidas, nunca foi pelo isolamento, nunca foi contra o vírus. A esquerda sempre teve um único objetivo: voltar ao poder.

No primeiro ano de mandato do presidente Jair Bolsonaro, a esquerda ficou perdida, sem discurso, e a oposição mais forte ao Governo veio da mídia e de Rodrigo Maia, que era presidente da Câmara dos Deputados.

Porém, veio a pandemia de Covid-19, que atingiu o mundo todo, e, nesse momento, era evidente que qualquer presidente teria dificuldade para governar. Foi aí que a esquerda reencontrou seu discurso para atacar Bolsonaro de uma forma que fizesse efeito fora da bolha.

O sentimento de felicidade dos esquerdistas foi resumido em uma fala de Lula: “Ainda bem que a natureza, contra a vontade da humanidade, criou esse monstro chamado coronavírus porque esse monstro está permitindo que os cegos enxerguem”.

Não que o Governo não tenha cometido erros, mas o Brasil é o 4° país que mais vacinou no mundo e o auxílio emergencial foi um programa fantástico que salvou a população em um momento de crise econômica.

Entretanto, não há popularidade que não seja atingida por uma crise global enquanto enfrenta críticas ferrenhas e parciais de uma classe artística e midiática raivosa. Aliás, esse embate com a grande mídia foi escolha do próprio presidente, que decidiu fazer diferente dos antecessores e não comprou o apoio dos grandes veículos de comunicação.

Bolsonaro seguiu sua agenda, focou no Auxílio Emergencial e, quando havia abraçado a vacinação como forma de acabar com a pandemia, também foi alvo de uma I montada pela oposição no Senado. Esta Comissão não foi feita para investigar os escândalos de corrupção do Covidão, mas apenas supostas omissões do Governo Federal durante a pandemia.

Mesmo assim, Bolsonaro continuava fazendo sucesso por onde ava, e afirmava aos quatro ventos que, diferente dele, Lula não podia sair às ruas, pois tinha medo do povo.

A provocação fez efeito e a esquerda, vendo tamanho apoio popular a Bolsonaro nas ruas, decidiu fazer uma manifestação de rua contra ele. Nesse momento, a máscara dos esquerdistas caiu.

Mesmo que, quase de imediato, tenha criado o discurso de que Bolsonaro é mais perigoso que o vírus, a esquerda perdeu o monopólio da defesa da ciência, do isolamento, da saúde e do combate à Covid-19. Está evidente que estavam sempre se lixando para a pandemia, o objetivo sempre foi tirar Bolsonaro e voltar ao poder.

Pois é, depois do “ódio do bem”, a esquerda inventou a “aglomeração do bem”.

*Diego Lagedo é historiador, especialista em gestão pública e editor do site Pernambuco em Pauta.

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